terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Odeio livros

Para criar grandes inimigos, inicio o post como faca: odeio livros. Tive bons tempos com papéis numerosos. Ficaram pra trás, guardados na poeira de algum canto. Cheguei a colecionar boas obras, e li muito menos que tinha. Li muito, mas a compra vencia. Era mentindo pra mim que eu mostrava minha estante: queria ser um grande leitor!

A estante não serve de escadas, senão às travessuras de criança. Mas não alçam o intelecto, pelas capas bordadas. Essas camas de livros servem mesmo pra ocupar espaço e causar alergias. Bom é amar um livro, no singular mesmo. Sorvê-lo, e passá-lo pra frente, em busca do próximo.

Dos livros, no plural, quero os óleos da literatura. A palavra filtrada. Quero todos do mundo, no espaço infinito da minha razão. Mas, no meu colo só um por vez pode deitar. Sou um leitor pobre, mas não pobre leitor. Não possuo biblioteca, mas sou lugar agradável às conversas do tempo. É à varanda que levo os amigos.

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