sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Marcelo Gleiser



Já li em algum lugar que existem algumas coisas que podem nos ajudar a descobrir o que queremos pra vida inteira. Uma delas é a sugestão de ler sobre tudo um pouco. Raríssimos são os casos das pessoas que nascem com a convicção do que querem ter como profissão. O natural é, curiosiamente, descobrirmos. E talvez até acidentalmente!

Eu continuo procurando. Percebi hoje que posso encontrar pensando: "Quem, no mundo, eu invejo? E por que invejo?". Então eu lembrei de Marcelo Gleiser, o físico brasileiro. Que vida ele deve ter! Estuda a origem do universo. Já escreveu 12 livros. Tem uma penca de filhos. É professor e mora num país civilizado. Isso eu invejo, porque queria pra mim. 

E o que eu faço estudando direito? Não tenho certeza, mas ainda é o que mais me atrai, pensando numa satisfação futura. Um ponto também é certo: não dá pra desistir antes de alcançar uma meta. Tenho a meta de ser Juiz Federal e ensinar em uma universidade respeitada. Talvez virar pesquisador. Quando eu conseguir, chegará um momento em que me perguntarei: era isso que queria pra mim? 

A paixão pela vida tem que continuar. Às vezes conquistamos muitas coisas com o passar do tempo. Mas essas muitas coisas não moldam o nosso ideal. É preciso ter coragem pra admitir isso. Só assim deixamos de ser pessoas vazias e nos tornamos pessoas realizadas. Sobre o Universo, lá fora, nós não temos o controle. Mas criamos nossa vida com a alquimia de nossas escolhas. 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

José

(Guy Le Querrec)

José disse:

- A religião é uma unidade de medida. É a forma mais fácil de saber o tamanho da ignorância. Diziam que o Sol era um Deus. Era algo divino. Um fenômeno inexplicável. Só que depois de um pouco de estudo, alguém descobriu que era apenas um tipo de estrela. Algo como combinações químicas e uns átomos abraçados.

José continuou:

- Alguém me perguntou o que era Deus. Pra que ele servia. Eu expliquei sua utilidade. Deus é uma ignorância transitória. Quando não conseguimos explicar algo, cientificamente, é Deus. É milagre. Mas, depois de um pouco de esforço mental, Deus desaparece. Quero dizer: passa a existir em algum outro mistério. Não dura muito: algumas fórmulas matemáticas bastam pra transformar Deus em outra dúvida a ser esclarecida futuramente. Deus é, pois, o topo da régua. 

José prosseguiu:

- Eu acredito em Deus. Ele é bom para todos nós. Minha opinião sobre ele é só um pouco diferente. Deus é o estímulo que serve para o homem seguir em frente, descobrindo. 

José corrigiu e terminou:

- Melhor eu dizer que não acredito em Deus. Aliás, eu não acredito em nada. Eu sei ou não sei. Eu sei que desconheço a origem do homem. Mas estudo. Eu sei o que é Deus: uma meta. 

Foi tudo que José disse ao Padre àquela noite. Saiu da igreja e voltou feliz pro templo que tinha em sua humilde escrivaninha.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Césio-137

(Peter Marlow)


Um homem ficou maravilhado com o brilho produzido por aquela substância. Era um ignorante e, por isso, mergulhou o corpo naquela piscina estranha. Ele queria correr pelas ruas chamando a atenção dos vizinhos, iluminando a noite do bairro. Seria legal ter a pele brilhante com uma roupa de césio-137. 

Um homem ficou maravilhado com as curvas da mulher estranha. Era um ignorante e, por isso, não pensou na família que construiu. Nem na companhia que teria na velhice. Nem na beleza de compartilhar com alguém, sinceramente, a história da vida inteira. Ele queria uma noite de sexo com um modelo de corpo tão bonito. Seria legal jogar tudo fora, por uma noite de gozo. 

Um homem ficou maravilhado com a maleta cheia de dinheiro. Era um ignorante e, por isso, não sabia que o patrimônio verdadeiro é o construído pelas redes neurais. Pelo conhecimento compartilhado. Pelas relações afetivas. Pela paz de espírito. Ele queria comprar alguma coisa grandiosa. Ele queria exercer poder. Seria legal vestir-se de ouro e ter a fome de Midas.

Assim é o homem. Sofre de desvio causado por ignorância. O prazer é, realmente, o objetivo da vida. Mas existe em várias formas. Há o prazer que causa o césio-137: imbecil e fatal. Mas há também o conhecido pelos que pensam um pouco. Um torna a vida vazia e condenada. O outro traz orgulho por ter vivido por mais um grande dia.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Seleção da semana

Bom, já que estou com dificuldade de postar as fotos da "seleção de quarta" todas as quartas, vou trocar o nome do tópico. Passa a ser "Seleção da semana". Assim eu posso escolher qualquer dia da semana pra postar três fotos que me agradaram.

Pra lembrar que o blog é essencialmente pessoal, vou postar a seleção dessa semana com três fotos que tirei hoje do meu irmão e do seu filho, Daniel. Virei tio! Eles ainda não viram as fotos, espero que agradem!





terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tudo pode dar errado

 (Foto por George Rodger)

Tudo pode dar errado. O serviço público pode não ser atraente daqui a alguns anos. O setor privado pode passar por alguma crise duradoura no futuro. O par que formamos pode quebrar. Talvez amanhã. A família, estruturada, pode ruir. E a nossa saúde, que à aleatoriedade do mundo pertence?

Procuro um sótão pra guardar a felicidade, escondida dos perigos da terra. Mas não por ser coisa desistida. Lá, fico perto da esperança azulada garantida pelas forças do céu. Insisto acreditar na boa cor, embora as nuvens cuspam um duro choro de pedra gelada.

Com que construo meu templo? Posso revestir as paredes por pessoas amadas. Será que darão o peito por mim, na próxima tempestade? E se fincar no chão um baú de moedas douradas, será que basta contra os furacões da sorte? E as fotos da infância, servirão de filtro às queimaduras da luz, que invadem pela janela? 

Busco a saída que ruma à calma. Não são os amigos que me levarão a ela. Nem os de sangue. Já vão com os ombros carregados com as dores do próprio corpo, pra dar sustento a mais uma. Não é o passado que irá trazer a coragem do primeiro passo, porque é trabalho dele ir ao contrário.

Fecho os olhos. Por onde anda, aqui dentro, a justificativa do meu berço? Onde está, dentro de mim, o conforto? Encontro dúvidas. Por aqui, dizem com portas abertas. Por qual delas me dou por vencido e aprumo o corpo em direção? Abro os olhos. Sei que tudo pode dar errado, mas enfrento. O caminho é adiante, fora desse sótão construído. A estrada sou eu lá fora, inacabado.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Só isso


Sorria, respire e vá devagar. Thich Nhat Hanh


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Técnica Pomodoro



Eu tinha um grande problema pra me concentrar em uma determinada tarefa. Quando iniciei meus estudos, tendia a ficar impaciente com poucos minutos após abrir o livro. No trabalho, eu não conseguia passar muito tempo focado em uma obrigação. 

O que mais me ajudou nesse problema foi a técnica Pomodoro. Ela consiste em separar uma quantidade de tempo para darmos cumprimento a uma tarefa por vez. Com o uso de um timer (uso o do iPhone, mas qualquer um serve), devemos focar a atenção em algo por aproximadamente 25 ou até 50 minutos. 

Durante um pomodoro devemos abolir qualquer distração. A idéia é não parar de cumprir a tarefa até que o tempo do pomodoro esteja correndo. Geralmente uso um pomorodo mais curto para atividades mais chatas. Pra estudar, uso o de 50 minutos.  Tem funcionado muito bem!

Cada pomodoro deve ser intercalado por intervalos curtos, que servem pra recuperar a nossa atenção. Exemplo: se vou estudar 2 horas, faço um pomodoro de 50 minutos e paro por 10 minutos. No intervalo eu costumo ir à cozinha, faço um café, dou uma volta... Embora ultimamente eu esteja fazendo algo que não é muito aconselhável: leio um livro de Isaac Asimov. 

Por que ler nos intervalos não é aconselhável? Porque não devemos fazer algo que atraia distração. Ir à internet é um perigo, porque não vamos querer passar apenas 10 minutos ali. O intervalo serve apenas pra refrescar a cabeça... 

Mas eu tenho conseguido controlar a empolgação na minha leitura e normalmente volto quando o alarme toca. Outro ponto importante: o alarme deve ser configurado pra tocar também nos intervalos! Isso torna a atividade muito mais objetiva: tocou, produz. Tocou, para. Só precisamos obedecer o toque, como um robô! Dessa forma, passei a ficar muito mais produtivo e a procrastinar cada vez menos.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Seleção de quarta

Ontem não deu. Cheguei em casa e desabei na cama. Até tentei fazer o post no iPad, mas tava dando erro. 

Mas, como ainda é cedinho, fica perdoado... Hoje, seleção de quarta com um dos mestres da fotografia: Sebastião Salgado.




terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cansaço


"Pessoas brilhantes falam sobre idéias. Pessoas medíocres falam sobre coisas. Pessoas pequenas falam sobre outras pessoas." Dick Corrigan

Eu não tenho mais facebook, twitter ou instagram. Só mantenho o flickr, porque lá quase ninguém anda, e serve pra eu ter acesso às fotos que tiro, de qualquer lugar. E mantém a qualidade. Cansei de visitar sites onde o culto à vaidade é maior que o cultivo de boas idéias. Emburrece. É pelo mesmo motivo que eu não assisto mais à TV. É muito melhor ler um livro, ou fazer algo que me faça ser mais interessante. 

O conhecimento me acalma, me dá mais prazer que manter a mente inerte e apenas ver as coisas reproduzidas e maquiadas. Como discordar que a possibilidade de aprender algo é mais gratificante que ouvir fulano falar sobre o que sicrano comprou no último final de semana?

Também lembro do que as redes sociais têm feito com as pessoas. Ninguém vai mais a um restaurante sem baixar a cabeça pro celular. Freneticamente as pessoas atualizam seus perfis, para saber se receberam mais uma nova "cutucada". Não conversam mais. 

Não me surpreenderei se as pessoas, subitamente, perderem a habilidade da fala. Afinal, é preciso conversar, exercitar as cordas vocais, para não tê-las enferrujadas. Mas não vale fraudar, com o uso do skype com quem está a um metro de distância. Quero vida real! Mas, hoje em dia, é raro. 

Formaram esse ciclo: olhe sobre a vida dos outros no facebook, não tenha assuntos pra falar com quem está à mesa. Assim, terás uma ótima desculpa para... continuar olhando o facebook e as fantásticas piadas que lá são compartilhadas! 

Mas também é preciso manter um pouco de equilíbrio nas conclusões. Por isso, não dá pra generalizar. Tudo bem usar a tecnologia pra falar com alguém que está tão longe... O facebook continua uma idiotice. É muito melhor usar o próprio Skype. Ou um email. Assim, ficamos longe de pessoas que falam sobre pessoas. E de propagandas baratas, como os sorrisos falsos que por lá circulam. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cozinhar é aprender

Eu sempre quis aprender gastronomia. Algumas vezes até me aventurei na cozinha, sem sucesso. Mas não desisti, só adiei. Seria uma boa meta pra 2013? Claro! E acredito que encontrei uma ótima ferramenta para tornar o caminho mais fácil e prazeroso: o livro "The 4-Hour Chef", de Timothy Ferriss.  

A obra parece fantástica não só por suas instruções de como se tornar um grande chef. Seria comum como tantas outras, que encontramos em qualquer livraria. Bastaria pegar um da livro da Ofélia. Ou até assistir Ana Maria Braga e seu passarinho. 

O que torna esse livro fabuloso é ele ser um manual de aprendizagem. Sim, ele não ensina apenas a cozinhar. Ele ensina a aprender! O autor é pesquisador da área e resolveu criar um livro onde ele pudesse ensinar algo que todo mundo quer (cozinhar), demonstrando as técnicas mais eficazes para a conquista do conhecimento! Genial.

The 4-Hour Chef já está no topo da minha lista de presentes de natal. Possivelmente, eu me darei. Infelizmente, só o encontrei na Amazon, por enquanto. Ele foi lançado em 20 de novembro desse ano. É muito recente pra ser encontrado nas livrarias brasileiras. Procurei na Cultura e por enquanto não tem como encomendar. Ah, mas na Amazon tem o precinho especial: $21. Quando chegar aqui no Brasil, vai custar bem uns R$ 200. Não esperarei.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Google Agenda e Hábito

A Google Agenda é fantástica. Graças a ela eu tenho andado menos estressado com meus compromissos, tarefas e metas. Com tanta coisa pra fazer, desde coisas pequenas a mais sérias, é fácil se desorganizar. Antes eu tendia a resolver um problema pensando em outro. Isso gera estresse. Mas hoje vou falar sobre a utilidade dela na criação de um hábito.

Para criar um hábito são necessários vinte, trinta dias de insistência. Depois o corpo acostuma. Quando alcançamos um bom ritmo de estudo e, por algum motivo, deixamos de estudar um dia, vem o sentimento de culpa. Isso é o sinal de que o hábito estava criado: o corpo sente falta. 

É assim também que criamos o hábito de tomar café sem açúcar. No início, ruim. Logo após, maravilhoso. Eu estabeleci recentemente que quero parar de tomar coca-zero. Algo que eu nunca consegui em 8 anos. Dessa vez, estou quebrando meu recorde. Já são treze dias sem um gole! 

E qual é o papel da Google Agenda nessa meta? Bom, pode parecer algo besta. Mas tem me ajudado bastante! Com ela, é possível criar etiquetas no calendário. Então, sempre que passo um dia sem tomar coca-zero, me dou um "prêmio", colocando uma etiqueta verde dizendo: "Sem Coca-Zero - OK". Dessa forma, sempre que olho o conjunto dos dias, me forço a ter apenas etiquetas verdes. 


Às vezes só precisamos de um incentivo que imponha um pensamento inteligente. Quando penso em tomar coca-zero no almoço, lembro da etiqueta. Aí penso que eu não quero chegar no final do dia, abrir minha agenda, e ver etiqueta de outra cor, mostrando que sou incapaz de cumprir algo. A etiqueta, na verdade, é uma coisa simples, sem graça. Mas ela carrega um atributo importantíssimo: a possibilidade de me envergonhar. 

Quando, antes de dormir, faço a manutenção do meu dia, e posso colocar a etiqueta cumprida no calendário, sinto orgulho de mim. Isso gera confiança e disposição pra continuar na construção do meu hábito. 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Palestra do Professor Pierluigi Piazzi

Essa semana descobri o Professor Pierluigi Piazzi. Peguei um livro emprestado de título "Aprendendo Inteligência". É uma crítica ao sistema educacional brasileiro. Mas, muito mais que isso. Ele mostra qual é a forma mais eficaz de se estudar!

Pierluigi traz conceitos de neurociência e estudos científicos para fundamentar suas orientações. Mostra, também, como a Finlândia alcançou o primeiro lugar entre os melhores sistemas educacionais do mundo, segundo o PISA. 

O livro é pequeno. A fonte é grande e a leitura, deliciosa. Dá pra ler em um dia, tranquilamente. Mas existe também um palestra dele no youtube, bastante completa. Com duração de pouco mais de uma hora, fala sobre quase tudo que está no livro:


Essa é a primeira parte. Para assistir às outras, basta ir seguindo no youtube. Se não me engano, são oito ao todo. 

O livro pode ser encontrado por volta de R$ 30. Ao levar em consideração o conteúdo da obra, o quanto é útil pra qualquer pessoa do mundo, o preço é uma pechincha! 


O autor da obra diz, logo em seu início, que ao terminar de ler, você se perguntará: por que não me disseram isso antes? Foi o que eu fiz. E, a menos que você seja um gênio, certamente, também dirá.

Cheguei até a entrar em contato com o Professor e conclui que o melhor jeito de aprender algo é seguindo esses conselhos:

Estudar pouco, mas todos os dias. O conhecimento se acumula devagar, dia após dia. O cérebro precisa acumular poucas informações diárias pra, depois de uma boa noite de sono, deixar o conhecimento fixado no córtex cerebral (local onde ficam armazenadas as informações importantes e que merecem ser lembradas a longo prazo). 

Respeitar dois passos: absorção do conhecimento e execução. Significa assistir uma aula, ou ler um capítulo de um livro e, após ter o assunto entendido, fazer exercícios, anotações, no mesmo dia, antes de um sono longo. É preciso estudar executando tarefas, com pensamentos críticos, escrevendo. 

Dormir bem. É quando dormirmos que as informações mais importantes do dia são selecionadas e fixadas para longo prazo. É nesse período que o cérebro reseta o sistema límbico (responsável pela memória de curto prazo) e passa o que for mais importante para o córtex cerebral.

Para mais detalhes, não deixem de ler o livro. Ou pelo menos assistirem à palestra! 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Bach, café e liberdade

Conta uma peça de Bach a história de uma moça querendo liberdade. Proibida pelo pai de tomar café, insistia em desobedecer. O homem, irresignado com o comportamento da filha, fez uma promessa: arrumaria um bom casamento, se ela, enfim, o obedecesse.

Dissimulada, aceitou. Foi com os dedos cruzados, que respondeu apenas para si: “Caso, mas só se o homem deixar eu tomar café todos os dias...”. Prometeu ao pai, mas jurou o verso com maior prazer.

Pois bem. A natureza humana é de ser livre. Tudo que tolhe a liberdade traz a queda da face às palmas do lamento. Sorriso bom é o dos ventos, correndo pelas curvas do mundo.

Um relacionamento sem confiança encolhe as vontades. Um trabalho sem paixão estanca os desejos. A saúde em falta acama os sonhos. O homem quer uma estrada, entapetada e estendida pelas frentes do horizonte.


(Leonard Freed)

(Nikos Economopoulos) 
 
(Bruno Barbey)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mini Moka


Minha mini Moka chegou (brigado, Taís!!)! Já tomei dois espressos (com s mesmo) hoje de manhã. Ambos deliciosos. Minha Vó que não gostou muito. Cedinho, ela costumava tomar um pouco do que sobrava, quando fazia na Moka maior. Mas amanhã eu conserto esse erro: faço na Moka maior assim que acordar. No meio da manhã, uso minha Moka-filha. 

O bom da mini é óbvio: oferece a exata medida de uma xícara. Já tomo outra, após o almoço. Quem quiser comprar uma, pode ir na Café Store, que foi onde comprei a minha. Custa R$ 99, mais uns trocados do frete. Vale a pena! Com ela, não desperdiço os grãos do Illy. 

Funciona exatamente como a Moka maior. Bem fácil de limpar. Único conselho: ter cuidado ao pegar a xícara depois do café feito, ela fica bem quente! 

Aos poucos estou aprendendo mais sobre a manipulação do café, graças ao livro da foto. Depois que eu tiver perto de terminá-lo, posto alguns comentários. Adianto que ele tem qualidade! 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Seleção de quarta

Quase perco a hora e vira "seleção de quinta"...
Mas, aqui estou!
Fotos por Aswhin Rao, excelente fotógrafo e um cara muito acessível!




Escrevendo

Após dezessete posts publicados, começo a sentir o hábito da escrita se formar. Antes de iniciar os primeiros textos, sentia a resistência que, para alguns, é preguiça. Depois de ter passado pela inércia que o cérebro tende a gostar, com algumas frases escritas, é prazer.

Não importa se o conteúdo é de todo bom, ou de todo ruim. Me preocupo apenas em sentar e escrever. Exatamente como faço ao levantar da cama de manhã. Eu não penso se dobro com simetria o lençol. Dobro e coloco em cima do travesseiro. Abro as cortinas e estou acordado. 

Escrevo sem medo. Não racionalizo tanto. Ponho as idéias na tela, tento organizá-las. Às vezes parecem boas. Às vezes, confusas. Mas publico, como a mãe joga o pássaro, pela tentativa do primeiro vôo. Faço as coisas mais ou menos. Um dia serão algo inteiro.

Interessante como o hábito serve de tempero às resistências do corpo. Como revelei o sabor do café, depois de sete xícaras sem cachoeiras de açúcar! Escrever, hoje, parece atividade do metabolismo. Me sinto absolutamente bem por querer sentar, pensar e escrever. Não existe preguiça de fazer o que queremos muito. Eu nunca tive preguiça de saborear um bom espresso


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Odeio livros

Para criar grandes inimigos, inicio o post como faca: odeio livros. Tive bons tempos com papéis numerosos. Ficaram pra trás, guardados na poeira de algum canto. Cheguei a colecionar boas obras, e li muito menos que tinha. Li muito, mas a compra vencia. Era mentindo pra mim que eu mostrava minha estante: queria ser um grande leitor!

A estante não serve de escadas, senão às travessuras de criança. Mas não alçam o intelecto, pelas capas bordadas. Essas camas de livros servem mesmo pra ocupar espaço e causar alergias. Bom é amar um livro, no singular mesmo. Sorvê-lo, e passá-lo pra frente, em busca do próximo.

Dos livros, no plural, quero os óleos da literatura. A palavra filtrada. Quero todos do mundo, no espaço infinito da minha razão. Mas, no meu colo só um por vez pode deitar. Sou um leitor pobre, mas não pobre leitor. Não possuo biblioteca, mas sou lugar agradável às conversas do tempo. É à varanda que levo os amigos.

Novas idéias

Descobrir novas idéias é fascinante. Mas, é preciso ter cuidado com o deslumbramento inicial que elas impõem. Em tempo de bombardeio de informações, os encantos da novidade podem ser prejudiciais às nossas vidas. 

Em todos os lugares há orientações capazes de transformar todas as nossas dores em súbito alívio. Há gurus em todas as esquinas. Eles propagam ter bons caminhos para qualquer tipo de destino. Quando faz mal tempo lá fora, lá também mora o sábio com seu manual. Pra todo infortúnio há uma dica inédita capaz de trazer o calor do sol.

Não é que os gurus sejam a peste do mundo. Nem tampouco são inúteis as suas opiniões que, por serem novas, parecem geniais. Mas elas podem ser incompatíveis com nosso jeito. Idéia é como roupa. Veste um, não outro. Devemos ouvir os mestres das esquinas como quem enfrenta. É bom pra mim?

Nós somos curiosos por natureza. E tendemos a acreditar na teoria que o ineditismo oferta. Quando ele se apresenta, reagimos de duas formas: seguimos, imitando o mundo, cegamente; ou o deitamos à mesa de prévia análise. Idéia boa é a dissecada em perguntas. Por que é boa? É boa quando, onde, pra quem? Quais as consequências? O novo é bom, quando enfrentado pelo cansaço dos nossos próprios ideais. Não sendo assim, seguimos em fila indiana. Como vassalos. Cansamos nós, quando é tarde pra voltar.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Perda de peso

 (Thomas Hoepker)
 
Poucos amigos meus lembram que eu fui bem gordinho, até uns 17 anos. Depois que perdi 25kg, nunca mais engordei de novo. Eu posso me considerar alguém disciplinado, em certa medida. Claro que tive períodos inconstantes, ganhando uns três ou quatro quilos, no máximo. Mas em oito anos mantive a boa forma.

Hoje eu voltei a malhar, após três meses parado. Quer dizer, sem fazer musculação. Parado nunca fico. Quando não malhava, sempre estava jogando futebol, duas ou três vezes na semana. Enjoei um pouco do society e me matriculei no tênis. Faz três meses que treino e não cogito mais sair.

Só que não dá pra viver só de saibro. Fica ainda mais difícil sendo um ex-gordo. Só a musculação é capaz de dar a massa magra que preciso pra passar longe da flacidez que incomoda bastante. Há um pouco de vaidade. Mas o pior mesmo é sentir as dobras da barriga dividida pelo cinto da calça ao sentar.

Entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011, alcancei a melhor forma. Parti de 15,5% de gordura e parei nos 7,4%. Percentual de atleta, que não mantive por muito tempo por uma razão simples. Eu não preciso expor o corpo pra desempenhar algum trabalho. O esforço necessário pra manter um índice tão baixo não compensa pra quem não é atleta ou modelo. Hoje busco manter algo em torno de 10%.

Algumas orientações são essenciais pra obter um bom desempenho na prática de atividade física. As mais importantes são:

Procurar um nutricionista, um bom professor e confiar neles.  É difícil ver quem se alimenta bem hoje em dia. Há quem tente, mas por não procurar um profissional, sempre fica naquela: “Não entendo como não emagreço!”. Ter uma consulta com um profissional é receber conselhos de alguém experiente. Uma pessoa que já viu vários casos semelhantes ao seu. Ele terá uma boa alternativa pra aquele problema que você, por não ter conhecimentos específicos, julga impossível resolver.

Mas não basta consultar. É preciso confiar no profissional. Ora, se você o procurou, por que iria duvidar de seus conselhos? Já vi casos de pessoas que disseram: “Não vou comer isso que a nutricionista passou porque engorda”. Esse tipo de gente começa a alterar a conduta nutricional e fica com raiva porque as balanças do mundo inteiro parecem mentirosas.

Vale o mesmo para o professor. O personal, por exemplo, sabe o que dará resultados. Apenas ouça os conselhos e execute as tarefas. Seja objetivo, não questione. As coisas funcionam quando focamos no resultado. Caso haja alguma dúvida sobre os exercícios, ou não esteja gostando de algum, fale com ele. O bom profissional é especialista em ter alternativas.

Agende avaliações com períodos razoáveis. Pra saber se os exercícios estão dando resultados, é necessário fazer avaliações periódicas. Não adianta ficar se olhando todo dia no espelho. Só vemos aquilo que queremos ver. Calça jeans é mais confiável, mas não mostra o resultado no corpo inteiro.

Não é bom marcar avaliações com intervalos curtos. Os resultados, quando positivos, podem ser pequenos demais pra manter a motivação. É bom mesmo marcar com dois meses após o início do programa. Pelo menos.

Agendar uma avaliação também faz com que nossa cobrança seja menor. Temos que simplificar. Novamente, seja objetivo! Execute as orientações do treinador. Seja disciplinado na mesa. Esqueça o resto. A avaliação trará a recompensa.

Se der errado, fale com a nutricionista e com o professor. Ter resultados positivos é uma constante atividade de execução, consequência e ajustes.

Fuja dos excessos. Conquistamos as melhores coisas da vida quando abraçamos o equilíbrio. Ele indica que devemos seguir em frente, aos poucos, de forma que não cansemos as pernas. Portanto, não adianta querer fazer dez horas de exercícios por dia. Isso gerará estresse e a desistência de atingir as metas. Eu tive os melhores resultados passando menos que uma hora na academia, de segunda a sábado. A freqüência é mais importante. Em relação à alimentação, provavelmente o nutricionista concordará com a possibilidade de comer aquele petit gateau no sábado à noite.

São esses os três principais fatores responsáveis pelos meus resultados. Lembro que os textos desse blog não são técnicos. São depoimentos de alguém que fez bons experimentos e resolveu compartilhar. Aliás, eu gosto sempre de lembrar o motivo maior da criação desse blog: fazer com que eu mantenha contato com as coisas me fazem bem.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Semana do Café

Mal começou dezembro e eu já tô ganhando presente de natal. Nada como chegar em casa e ter uma encomenda dos Correios esperando por você! Ganhei um livro bem interessante sobre café. É de leitura  simples e bem ilustrado. Não li muita coisa ainda, mas já deu pra perceber que vale a pena! Uma curiosidade legal é que ele foi escrito por Edgard Bressani, formado em Direito e primeiro juiz brasileiro a conquistar o certificado da World Barista Championship.

Será que um dia chego lá? Juiz, uma fazenda, café levando meu nome... Que vida difícil seria! 


É possível encontrá-lo no seguinte site: www.cafestore.com.br. Custa R$ 52, mais o frete. 

Além de ter ganho o livro, fiz uma excelente aquisição. Comprei um moedor de grãos da Cuisinart (R$ 119 na Spicy, Shopping Recife). Impressionante como o gosto do café fica outra coisa! Confirmei o que li: moer o grão na hora de fazer o café deixa a bebida muito mais gostosa! Não é frescura! 



Talvez essa semana eu faça um post falando sobre a Moka individual, que devo receber esses dias. Aqui em casa só quem toma o café preparado na Moka sou eu, e ela faz três xícaras por vez... Eu estava tomando café demais, quando não desperdiçava.