O principal objetivo da minha vida é me desfazer do desnecessário, e evitá-lo. É inútil ouvir Aécio, Dilma, Eduardo, Marina. É como tentar achar seriedade nas palavras de Pato Donalds sobre a Política de Platão. Ou nas de Teco, em cima de uma árvore, brincando com Tico, enquanto discorre sobre astrologia. Meu sofá é mais querido: não o uso para tempo perdido.
É por isso que não assisti às entrevistas. Nem as procurarei no Youtube - ali tem coisa melhor, como piadas do Zé Lezin que, pelo menos, melhoram meu humor. Ficar com as entrevistas é o mesmo que parar no meio da rua, olhar para esses outdoors com sorrisos falsos, e esperar que do adesivo pule Jesus Cristo, distribuindo milagres.
Propaganda: a arte de enganar os outros. Mas posso dizer que é isso, também: a arte de falar o que o povo quer ouvir, sem que, necessariamente, haja alguma verdade no que foi dito. Ofício de político tem sido revestir a cara de embalagem. Talvez eu ouvisse o que têm a dizer, se fossem tenores, e se eu gostasse da ópera. Mas não é o caso: nem o falsete que usam soa bem.
Não descobrirei o que o político faz pela boca dele, já que dela sai o que for conveniente. Se eles fossem mudos, teriam mais valor; iríamos procurar o que realmente importa: ações. Procuro, então, os atos, usando meu critério político único e angular: o que fez pela educação? Quem fez mais, e melhor, ganha. Saúde, segurança, economia, são questões secundárias diante da educação do povo. A educação é como água derramada em uma superfície: sai cobrindo tudo.
Há muito que não vejo TV, se não para assistir jogos de futebol, que é das minhas maiores paixões. Mas, se me sobra tempo, tenho que elogiá-lo, por ser o bem de maior valor. Não assisitirei um segundo sequer dessas entrevistas. É que, diante da escolha da comédia, eu, muito feliz, fico com Scooby Doo.
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