Tempo é meio cruel. Não dá para ler sobre ele e o vento, em Érico Veríssimo, enquanto se dá atenção a alguém. É incompatível a boa solidão, de descanso, com os diálogos vivos. Ou fico com o livro, ou com a pessoa.
Se dizem, em física, dois corpos não habitarem o mesmo lugar, fica melhor assim: duas pessoas não moram no mesmo minuto.
Mas há dia de sol e de chuva. Tempo para tudo, dizem. Por isso que é só meio cruel; não todo. É um pouco gente. Nos tira, mas dá também. Vida boa é de indas e vidas. O minuto levou; trará de volta.
E se é assim, não tem aperreio. Tenho poltrona: para os dias nublados. E janela, para as visitas do sol. Não importa o que cabe no tempo. Há mais valor no sorriso. Deve ser permanente; esperando ou recebendo.
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