Descobrir novas idéias é fascinante. Mas, é preciso ter cuidado com o deslumbramento inicial que elas impõem. Em tempo de bombardeio de informações, os encantos da novidade podem ser prejudiciais às nossas vidas.
Em todos os lugares há orientações capazes de transformar todas as nossas dores em súbito alívio. Há gurus em todas as esquinas. Eles propagam ter bons caminhos para qualquer tipo de destino. Quando faz mal tempo lá fora, lá também mora o sábio com seu manual. Pra todo infortúnio há uma dica inédita capaz de trazer o calor do sol.
Não é que os gurus sejam a peste do mundo. Nem tampouco são inúteis as suas opiniões que, por serem novas, parecem geniais. Mas elas podem ser incompatíveis com nosso jeito. Idéia é como roupa. Veste um, não outro. Devemos ouvir os mestres das esquinas como quem enfrenta. É bom pra mim?
Nós somos curiosos por natureza. E tendemos a acreditar na teoria que o ineditismo oferta. Quando ele se apresenta, reagimos de duas formas: seguimos, imitando o mundo, cegamente; ou o deitamos à mesa de prévia análise. Idéia boa é a dissecada em perguntas. Por que é boa? É boa quando, onde, pra quem? Quais as consequências? O novo é bom, quando enfrentado pelo cansaço dos nossos próprios ideais. Não sendo assim, seguimos em fila indiana. Como vassalos. Cansamos nós, quando é tarde pra voltar.
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