Eu tento, mas não entendo, elevarem o governador ao patamar divino. Choram por um estranho, mas não choram por outros. A minha crença é que o choro deveria ser mais econômico. Ou, pelo menos, mais igualitário.
Seria bom se chorássemos pelos esquecidos, não pelos holofotes. O Pai de família só há um, e para quem acredita. Além dele, todos moram no mesmo conjunto; e merecem a mesma quantidade de lágrima.
E se houve infortúnio ontem, tristeza maior é esquecer que infortúnio, para muitos, é a normalidade - que parece, muitas vezes, não merecer muito da nossa atenção.
O choro parece ter virado propaganda, como muitas coisas na vida moderna. Mas um dia poderá ser diferente. Quando a dor não for medida por um terno.
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