Após dezessete posts publicados, começo a sentir o hábito da escrita se formar. Antes de iniciar os primeiros textos, sentia a resistência que, para alguns, é preguiça. Depois de ter passado pela inércia que o cérebro tende a gostar, com algumas frases escritas, é prazer.
Não importa se o conteúdo é de todo bom, ou de todo ruim. Me preocupo apenas em sentar e escrever. Exatamente como faço ao levantar da cama de manhã. Eu não penso se dobro com simetria o lençol. Dobro e coloco em cima do travesseiro. Abro as cortinas e estou acordado.
Escrevo sem medo. Não racionalizo tanto. Ponho as idéias na tela, tento organizá-las. Às vezes parecem boas. Às vezes, confusas. Mas publico, como a mãe joga o pássaro, pela tentativa do primeiro vôo. Faço as coisas mais ou menos. Um dia serão algo inteiro.
Interessante como o hábito serve de tempero às resistências do corpo. Como revelei o sabor do café, depois de sete xícaras sem cachoeiras de açúcar! Escrever, hoje, parece atividade do metabolismo. Me sinto absolutamente bem por querer sentar, pensar e escrever. Não existe preguiça de fazer o que queremos muito. Eu nunca tive preguiça de saborear um bom espresso.
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